A semana

6 a 12 de agosto de 2023

População de rua

O tamanho do problema nas grandes cidades já aparece no termo que é usado: pessoas em situação de rua, pessoas em situação de vulnerabilidade, moradores de rua ou população de rua? O fato é que a população de rua só aumenta, e não é só em países pobres, mas também nos ricos e desenvolvidos. O problema não é a quantidade de pessoas, que poderiam estar morando todas em um único condomínio habitacional, mas as situações decorrentes deste contingente. Os comerciantes não gostam, moradores da região não gostam, os pedestres que circulam nas ruas não gostam. Ou seja, ninguém gosta, e aí a pressão decorrente sobre a administração municipal. Em muitos casos o problema fica sério com o consumo de drogas e o alcoolismo.

A notícia da semana é que a Prefeitura de São Paulo vai assinar acordo com Institute of Global Homelessness (IGH), sediado em Chicago (EUA), que difunde a metodologia ‘housing first’. Há um grupo de cidades – população entre parentesis, Londres (8,8 milhões), Manchester (550 mil), Helsinque (660 mil), Medicine Hat (63 mil), Edmonton (1,0 milhões), Arica (222 mil) e Houston (2,3 milhões), em torno desta instituição que também trocam suas experiências. São Paulo tem 11,4 milhões de habitantes. Fonte: Folha de SP. Dados da população: Wikipedia.

Eu penso que é muito importante trocar experiências de ações e projetos realizados, tendo o cuidado de observar as culturas dos países e das cidades. No entanto, várias outras instituições locais já testaram políticas novas, e parece que não há grande interação com a prefeitura. E também com os especialistas que temos no Brasil, vários, inclusive que são reconhecidos nestes outros países, como a XXXX.

Cubículo para pernoite

Essa é a minha ideia para não ter pessoas dormindo nas ruas: a prefeitura pagar para estabelecimentos terem cubículos para dormir. estes cubículos podem ser colocados em bares, cafés e restaurantes. Foto da matéria do G1 de 2013.

Cápsulas são dispostas lado a lado, uma em cima da outra (Foto: Thiago Reis/G1)

Cápsulas são dispostas lado a lado, uma em cima da outra (Foto: Thiago Reis/G1)

Teatro de Nero

Descoberto teatro privado do imperador Nero sob o pátio do Palácio Della Rovere em RomaItália. Página principal da Wikipedia 7/8/2023/

Drex, o Real Digital

A moeda digital brasileira, conhecida no jargão técnico como moeda digital de banco central (CBDC, central bank digital currency), já está em estudos e testes há vários anos, agora tem nome – Drex. segundo o banco central, “a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital; o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão”.

Fonte: BC https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/17946/nota

Para mim ao juntar “e” com “x” perde-se a ideia de “e-” do eletrônico, X parece seguir a moda do Musk. e juntar “d” com “r” para lembrar Real Digital nada ver, não tem como juntar “Real” com “Digital” hehe. pensando bem podia ser Rex rsrs. Enfim, acho que o povo não vai gostar, e também acho que o povo não vai usar.

Mas o poder das moedas digitais está nas moedas sociais ou comunitárias, que visam desenvolver o comércio logal. Duas cidades já criaram as suas moedas sociais digitais: Maricá (leia aqui e aqui) e Niterói (leia aqui e aqui). A primeira moeda social do Brasil foi a PALMAS criada no Conjunto Palmeira de Fortaleza, com 30.000 moradores. Em 1998 a associação de moradores criou o Banco Palmas, banco comunitário, atualmente já regulamentado pelo BC. A moeda PALMAS foi criada em 2000, para circular apenas no comércio do condomínio. Foi nesse época que eu comprei um pequeno livro do projeto e comecei a estudar a economia solidária, que ainda espero uma oportunidade de aplicação prática.

Hoje o Instituto Banco Palmas desenvolve projetos em outras cidades. Em 2019 o Instituto comprou a plataforma e-dinheiro, com recursos do BNDES, em nome da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, para fomentar a economia digital solidária.

Eu tenho um texto em elaboração sobre moedas digitais comunitárias, tentando responder às perguntas: Quais as vantagens? Quais as desvantagens? A quem beneficia? Tem benefícios para a economia da cidade?

Reconhecimento facial em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) assinou (7/8) o contrato para implantar o programa de monitoramento e reconhecimento facial “Smart Sampa”. O projeto prevê a implantação de 20 mil câmeras distribuídas pela cidade e foi firmado com um consórcio de quatro empresas, que irão operar o serviço por R$ 9,8 milhões mensais. O programa começa após mais de seis meses desde o lançamento, passando por uma série de suspensões pelos Tribunais de Contas do Município e de Justiça de São Paulo e de representações da sociedade civil. O projeto incorporará bases de dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Secretaria da Segurança Pública do estado para identificar desaparecidos e foragidos. Segundo a prefeitura, os alertas serão gerenciados por um comitê de operação, que contará com representantes das secretarias que aderirem ao projeto e um conselho de gestão e transparência será formado, com participação da sociedade civil, para garantir o cumprimento da da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Fonte: Semanário da OKBR – Open Knowledge Brasil.

International Day of US Crimes Against Humanity

9 de agosto – International Day of US Crimes Against Humanity
Em 1945 os EUA lançam uma segunda bomba atômica sobre Nagasaki no Japão
https://desacato.info/9-de-agosto-dia-internacional-dos-crimes-dos-eua-contra-a-humanidade/#more-309165.

Frentes Parlamentares na Câmara dos Deputados

Comecei a analisar as frentes parlamentares na Câmara dos Deputados e fiquei abismado. São 222 frentes. As que já contabilizei têm quase 200 deputados.

Qual é a ideia?

As frentes podem ser um termômetro das pautas importantes. Visto que os PL individuais são de uma irrelevância ímpar pra não falar coisa pior.
A minha opinião, e de muita gente boa, é que os assuntos mais importantes e que podem tirar o país do atraso são tecnologia, inovação EM educação e saúde. Por que EM educação e saúde. Por que nestas áreas temos sistemas públicos únicos no mundo (com exceção da China) e que podem nos tornar referência e possibilitar obter receita externa – não sei como. Temos tecnologia avançada em outras áreas, como na agricultura, mas estas já nos trazem receita externa. Também temos o conhecimento que podemos obter da natureza amazônica, que ainda é muito pouco conhecido.

De outro lado, sempre achei que, sendo um país em desenvolvimento e com grande população, podemos gerar renda internamente justamente nas áreas de educação, saúde e cuidados pessoais. Não sei como.

Se por um lado, eu penso (e tenho certeza) que uma nova sociedade deve surgir nas cidades (comunidades), por outro lado, as discussões que muitos grupos (coalizões da sociedade civil) vêm realizando nos últimos anos sobre os problemas nacionais devem ser canalizadas para para um caminho viável. E este caminho viável, com certeza, não é o da agenda política que esta na pauta da maioria dos deputados e senadores.

Diretrizes para a educação profissional

Entra em vigor lei que estabelece diretrizes para a educação profissional.

Entrou em vigor a lei que estabelece as diretrizes para a política de educação profissional e tecnológica (Lei 14.645/23), que teve origem em projeto do ex-deputado João H. Campos (PE), o PL 6494/19. Conforme explica a relatora da proposta, deputada Tabata Amaral (PSB-SP), a nova lei organiza a educação profissional em eixos tecnológicos. Com isso, o estudante poderá seguir uma trajetória de formação que integra os níveis médio e superior.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

“A gente tem uma tradição bacharelista, que desvaloriza os conhecimentos técnicos e que hierarquiza esses conhecimentos. Isso é um problema que a gente precisa enfrentar no nosso País urgentemente, é um problema antigo, não é de hoje. Nós conseguimos trazer uma articulação do ensino técnico com o setor produtivo e também com a aprendizagem. Eu acho que a gente fechou duas pontas importantes”, afirma a deputada Tabata Amaral.

Na verdade esta “tradição” foi fabricada. Eu me lembro que a educação técnica ia muito bem no país quando alguém em Brasília no início dos anos 2000 achou que os CEFETs deveriam virar universidades tecnológicas (nem todos viraram) e a educação tecnológica ficou para segundo plano, com para o plano do SENAI?

Pelo que eu entendi da lei esta tem por objetivo fomentar a expansão de cursos profissionais, aumentar a participação do setor produtivo, integrar a educação técnica com a superior, a atuação conjunta da rede federal com as estaduais, etc. etc.

Ou seja, coisas que precisam de um plano do executivo federal, e uma lei de fomento ou incentivo não vai resolver. se é para resolver a lei deveria exigir um plano, de preferência de curto/médio/longo prazo (5/10/20) e o cumprimento deste plano. É esperar para ver.


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